21/02/2008

Max Ernst - Aquis Submersus

Humana?

De tanto queimar letras, sons, signos
Criamos artifícios e artefatos
Disformes e dançantes lapsos
Que a memória quer unir

De tanto proibir cores, flores, risos
Sistematizamos ofícios e encargos
Disformes e mutantes laços
Que o corpo quer repelir

Minha mão rasga mundos
Matérias e absurdos
Que se dissolvem
Tal qual bolas de sabão no ar!

Fernanda Ansolin

16/02/2008

pollock - A chave...




Onde será que ela pricípia, e onde estará a fechadura??

Será que ele pintou a nossa existência!!!

01/02/2008

PICASSO - MENINA EM FRENTE AO ESPELHO

VERSOS ÍNTIMOS - AUGUSTO DOS ANJOS

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!